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Vídeo: BYD Song Plus é híbrido plug-in com autonomia impressionante
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Avaliação

Vídeo: BYD Song Plus é híbrido plug-in com autonomia impressionante

Rodamos 264 km com o SUV híbrido da BYD que será produzido na Bahia e consumo e autonomia são os destaques do Song Plus; leia a avaliação

Diogo de Oliveira

18 de out, 2023 · 12 minutos de leitura.

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elétricos
BYD Song Plus DM-i é o híbrido plug-in mais acessível do mercado brasileiro em 2023
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

Ao retirar o BYD Song Plus para esta avaliação, a tela do quadro de instrumentos marcava 1.080 km de autonomia total. Um alcance e tanto, bem maior que o de picapes a diesel, por exemplo. A tecnologia da fabricante chinesa é referência neste novo mercado de híbridos plug-in. São veículos que combinam motores a combustão e elétricos, e têm baterias maiores que podem ser recarregadas em fonte externa, como tomadas e eletropostos.

BYD Song Plus é SUV híbrido plug-in com autonomia impressionante

Song Plus chegou no fim de 2022 como o SUV plug-in mais acessível do Brasil. O utilitário estreou com preço equivalente ao do Jeep Compass Trailhawk com motor 2.0 turbodiesel, mas com um conjunto híbrido mais moderno que o do Compass 4xe. O modelo da BYD teve o consumo aferido pelo Inmetro, no padrão do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). E comprovou sua eficiência: é um dos carros mais econômicos à venda no País.

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BYD Song Plus faz simplesmente 38,4 km/l em ciclo urbano. É um consumo de motos e scooters de baixa cilindrada e muito próximo do de carros elétricos. Na estrada, a média alcança 28,1 km/l. Ou seja, até o seu pior consumo supera com folga o Compass 4xe, que tem média de 25,4 km/l. Dessa forma, o Song Plus recebeu nota A na tabela do PBEV. O SUV híbrido plug-in é referência em autonomia e supera os 1.000 km com o tanque de combustível e a bateria cheios.

Diogo de Oliveira/Estadão

Como funciona o sistema híbrido do BYD Song Plus

O BYD Song Plus conta com um motor 1.5 a gasolina de 110 cv e outro elétrico com potência equivalente a 179 cv. Juntos, geram 235 cv de força e um torque máximo de 40,8 mkgf. Com este desempenho, o SUV, que tem tração dianteira, acelera de zero a 100 km/h em 8,5 segundos. De acordo com a marca chinesa, o motor a combustão serve para impulsionar as rodas, bem como alimenta o elétrico. Além disso, a bateria tem capacidade de 8,3 kWh.


Na prática, o BYD Song Plus opera tudo isso o sistema sozinho. Ao condutor, basta colocar a alavanca do câmbio na posição “P” e acelerar e frear. No console entre os bancos, próximo da alavanca, há vários botões que permitem selecionar os modos de funcionamento e de condução. Por exemplo, é possível escolher o modo “EV” 100% elétrico, e rodar exclusivamente com eletricidade. Nesta condição, o SUV tem uma autonomia de cerca de 50 km.

BYD Song Plus DM-i híbrido
Diogo de Oliveira/Estadão

Já no modo “HEV”, o sistema da BYD alterna o uso dos motores e os modos elétrico e híbrido de forma a entregar o melhor consumo. Por exemplo, no trânsito urbano, o Song Plus usa o modo elétrico no meio do trânsito e, dessa forma, alcança o consumo impressionante de 38,4 km/l no Inmetro. Mas o consumo vai depender da maneira como o condutor dirige. Aliás, o modelo tem ainda outros três ajustes com os modos de condução Eco, Normal e Sport.


BYD Song Plus DM-i híbrido
Diogo de Oliveira/Estadão

Ao volante do BYD Song Plus

Há vários tipos de carros híbridos no mercado brasileiro atualmente. E muitos outros surgirão nos próximos anos, afinal, a tecnologia híbrida flex será largamente adotada no País a partir de 2025, para que as montadoras consigam cumprir a próxima etapa da lei de emissões (Proconve L8). Seja como for, o Song Plus já oferece o melhor que o híbrido pode proporcionar hoje. Há um modo puramente elétrico, que entrega a experiência do carro a bateria. E há o modo híbrido, que aciona o motor 1.5 a gasolina junto com o elétrico.

Dessa forma, em um congestionamento, o Song Plus funcionará em modo elétrico a maior parte do tempo, reduzindo o consumo de gasolina e as emissões. Caso a bateria descarregue, o sistema usa o motor 1.5, que funciona também como gerador. Para o motorista, o SUV entrega respostas poderosas, com aceleração rápida. Mas não é esportivo e tem ajuste mais macio, com foco no conforto. Por isso, inclina em curvas e “mergulha” nas frenagens.


Diogo de Oliveira/Estadão

No dia a dia, o Song Plus é ágil e silencioso no trânsito. Dessa forma, oferece passeios agradáveis e transmite sensação de modernidade ao condutor e aos passageiros. Esse é um ponto que certamente está ajudando o SUV híbrido da BYD a crescer nas vendas. Em setembro, o utilitário importado da China vendeu mais que o Toyota Corolla sedã na versão híbrida, que é feito em Indaiatuba (SP). E não está muito atrás do Corolla Cross hybrid.

SUV híbrido é moderno e sóbrio a bordo

Na cabine, o Song Plus consegue impressionar, embora não seja luxuoso. O SUV tem acabamento bem feito, com revestimentos de couro ecológico em duas cores (cinza petróleo e bege) e detalhes na cor laranja. O painel também é bicolor, com detalhes metálicos e uma moldura preto brilhante que é contornada por uma barra de LED. A iluminação interna tem múltiplas cores que podem ser selecionadas na tela central de 12,8 polegadas.


Diogo de Oliveira/Estadão

No fim, como em todos os modelos da BYD, o display do multimídia é giratório e pode ficar também na posição vertical. Dessa forma, é sempre uma atração a bordo. Como ponto alto, o sistema da fabricante chinesa é rápido e fácil de mexer. O seu menu de configurações, aliás, é bastante completo e permite mexer em diversos sistemas, desde o sistema do ar-condicionado até ajustes de assistentes de condução semiautônoma.

O sistema só fica devendo melhor conectividade com iPhone. Isso porque a conexão com Apple Carplay requer o uso de cabo USB. Já para Android Auto há conexão sem fio. Em nossa avaliação, o SUV não tinha chip de internet, o que inutilizou alguns recursos da tela, como o navegador por GPS. Mas a BYD já oferece o modelo com chip e fornece atualizações remotas para o carro, inclusive para as unidades que não dispunham desses recursos.


Diogo de Oliveira/Estadão

Para além da tecnologia, o Song Plus tem como ponto forte o espaço interno. Com 4,70 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,68 m de altura e uma distância entre-eixos de 2,76 m, o SUV chinês tem espaço de sobra a bordo para cinco adultos. Ajuda muito o assoalho plano no banco traseiro. Além disso, o porta-malas tem 574 litros de volume. É bastante.

Diogo de Oliveira/Estadão

Song Plus híbrido flex e nacional em 2025

O momento do Song Plus e da BYD são excelentes no Brasil. A chinesa vem se destacando nas vendas de híbridos e de elétricos (com o Dolphin EV), e lançou a pedra fundamental da fábrica de Camaçari, na Bahia, mesmo local que foi da Ford por mais de duas décadas. Pois o SUV híbrido esteve na cerimônia e é fortíssimo candidato a ganhar produção nacional a partir de 2025, inclusive com tecnologia híbrida flex, em desenvolvimento no País.

Diogo de Oliveira/Estadão

Com a recente tabela de R$ 229.800, o BYD Song Plus ficou mais competitivo e deve acirrar a disputa com o Haval H6. O modelo da conterrânea GWM vem liderando as vendas de híbridos nos últimos meses. Muito desse sucesso veio com o posicionamento de preços combinado à tecnologia híbrida chinesa. Para comparação, o Jeep Compass 4xe sai por R$ 347.300. Já o Caoa Chery Tiggo 8 Pro Plug-In Hybrid, que tem sete lugares, custa R$ 239.990.


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Prós

  • SUV tem consumo e autonomia impressionantes e transmite modernidade a bordo com interior caprichado, silencioso e tecnológico

Contras

  • Importado da China, o Song Plus ainda carece de melhor ajuste de suspensão e freios; o espelhamento com Apple iPhone ainda requer cabo USB

Ficha Técnica

BYD Song Plus DM-i

Preço

R$ 229.800

Motor a combustão

1.5, 4 cil., 16V, injeção multiponto, gasolina

Potência

110 cv a 6.000 rpm

Torque

13,8 a 4.500 rpm

Motor elétrico

Dianteiro

Potência

179 cv

Torque

32,2 mkgf

Potência combinada

235 cv

Torque combinado

40,8 mkgf

Câmbio

Automático CVT; tração dianteira

Rodas e pneus

235/50 R19

Comprimento

4,70 m

Largura

1,89 m

Altura

1,68 m

Entre-eixos

2,76 m

Tanque de combustível

52 litros

Porta-malas

574 litros

Ângulos

19º (entrada) e 21º (saída)

Altura em relação ao solo

18 cm

Peso em ordem de marcha

1.700 kg

Aceleração 0-100 km/h

8,5 segundos

Velocidade máxima

140 km/h

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.