Primeira Classe

Itália com Croácia é viagem de carro perfeita

Para quem não abre mão de fazer uma viagem de carro, combinar Itália e Croácia é uma ótima pedida

Rafaela Borges

01 de mai, 2018 · 9 minutos de leitura.

Viagem de carro Itália a Croácia" >
Viagem de carro
Crédito: Split, ponto de partida para ilhas croatas como Hvar (Fotos: Rafaela Borges/Estadão)

Muitas pessoas que querem conhecer a Croácia têm dificuldades de decidir: com que combinar? Grécia é uma escolha óbvia para quem quer foco no litoral. Ibiza e Saint Tropez, idem. Mas tudo isso requer trecho aéreo. Que tal pensar em uma viagem de carro à Croácia?

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Acabei de voltar da Croácia e muita gente me perguntou: em que parte da Europa fica? Poucos sabem que a Croácia é ao lado da Itália.

 

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Então, para quem pretende fazer uma viagem de carro pela Europa, como eu, combinar Itália e Croácia é uma excelente pedida. E vale parar na Eslovênia no caminho.

O país tem um belíssimo litoral e é pouco conhecido por brasileiros. E, se houver bastante tempo, dá para ir até Montenegro, um destino que está na moda.


 

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LOCALIZAÇÃO

O oeste da Itália e a Croácia ficam separados pelo Adriático. O belíssimo mar é uma parte ainda mais esverdeada e cristalina do famoso Mediterrâneo.

Para quem quer voar direto à Europa, o destino inicial ideal é Milão. A capital da Lombárdia pode ser vista em dois dias.


A cidade é mais cosmopolita que histórica, e vale mais dias para quem tem interesse em moda, design, gastronomia e vida noturna. Milão é a referência italiana (e mundial) para esses assuntos.

De Milão, dirija-se ao Veneto, com suas cidadezinhas charmosas. Os principais pontos dessa região são a Verona de Romeu e Julieta e, claro Veneza. A cidade erguida entre canais vale pelo menos três dias de visita (sem usar o carro, é claro).

 


Veneza viagem de carro Catedral de San Marco, em Veneza (Foto: Adriana Moreira/Estadão)

 

De Milão a Verona são 160 km. Até Veneza, são mais 115 km. Se houver mais tempo, logo abaixo está a região de Emília Romagna.


O que tem por lá? Bolonha e as sedes de Ferrari (Maranello) e Lamborghini (Sant’Agata Bolognese). Um prato cheio para os entusiastas dos automóveis  (não deixe de visitar os museus de ambas).

Das duas cidades do Veneto, são 160 km até Bolonha.

ESLOVÊNIA E CROÁCIA

Se você achar que Milão fica muito longe, ou não tiver muito tempo, dá pra pegar uma conexão aérea até o aeroporto de Veneza. De lá, alugue seu carro e parta em direção à Eslovênia.


Faça uma parada na história Triste, ainda na Itália, a 160 km de Veneza. Então, entre na Eslovênia. Você vai passar pelos dois destinos litorâneos mais famosos do país, Piran e Portoroz. A partir de Triste, são apenas 40 km.

Em seguida, você já estará na Croácia.

CHEGANDO À CROÁCIA EM VIAGEM DE CARRO

A partir de Piran/Portoroz, você começará a percorrer o litoral da Croácia, de tom esverdeado contrastante e cristalino. A viagem de carro segue por cerca de 80 km até Rovinj, uma das principais cidade da península Ístria.


Esta região tem forte influência italiana. Na divisa com o país, integrava o Império Romano e fazia parte do território da Itália até a Segunda Guerra Mundial.

A maior cidade de Ístria é Pula, cerca de 20 km à frente. Destino pouco conhecido dos brasileiros, Pula que começa a ficar cada vez mais popular na Europa. Além de belas praias, a cidade tem um anfiteatro que lembra o Coliseu, em Roma.

A influência romana, inclusive, é vista em toda a Croácia. A partir de Ístria, há duas opções. Dá para seguir pelo interior em direção à capital croata, Zagrebe, a 250 km.


Outra opção é continuar pelo litoral. Nesse caso, a viagem de carro continuará às margens do Adriático para desvendar belas praias e cidades com forte herança medieval.

SPLIT, HVAR, DUBROVNIK…

Aqui começa a visita aos destinos mais badalados da Croácia. Antes de chegar a eles, vale parar em Pag (241 km, em trajeto que inclui balsa, ou 400 km, apenas por rodovia). Trata-se da ilha croata com o litoral mais extenso.

Em Zadar, 50 km à frente, dá para ouvir o Sea Organ, som produzido por degraus de mármore construídos a beira mar em contato com as ondas.


Então, são mais 160 km até Split. Destino conhecido da Croácia, tem em seu porto o ponto de partida para diversos programas imperdíveis, como visitas à gruta e à lagoa Azul e, principalmente, a mais desejada ilha do país, Hvar.

Não dá, porém, para fazer bate e volta de Split a Hvar. Vale ficar na ilha por alguns dias. Para quem não quer saber de balsas e catamarãs, e pretende se manter firme na viagem de carro, Trogir pode ser boa opção.

A cidadezinha de 10 mil habitantes tem um centro de arquitetura medieval, que é patrimônio histórico da Unesco. Trata-se também da cidade mais antiga da Croácia, com cerca de 4 mil anos.


História também é a principal atração de Dubrovnik, outro patrimônio da Unesco. A cidade medieval murada emprestou vários de seus cenários para a série cultuada “Game of Thrones”.

Dubrovnik está a 250 km de Split. Então, se você tiver tempo, a fronteira com Montenegro fica logo ali. Budva, praia mais badalada do país, fica a menos de 100 km. Para fechar com chave de ouro sua viagem de carro por esses paraísos.

 


Trogir viagem de carro Trogir é a cidade mais antiga da Croácia

 

 


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.