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Um SUV injustiçado pelos brasileiros

Ford EcoSport melhorou muito em sua reestilização, mas o consumidor não percebeu as diferenças e os números de vendas são bem abaixo do que deveriam

Diego Ortiz

19 de ago, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Ford EcoSport Freestyle
Crédito: Crédito: Ford/Divulgação

Ele já foi o Rei dos SUVs, mas isso em uma época em que ele era o único, fruto de uma antecipação altamente lucrativa do que o mundo dos automóveis viraria. Este carro é o Ford EcoSport. Porém, hoje ele tem um problema. Quem dirige o novo Eco, com todas as mudanças de dirigibilidade e motor que a Ford fez, e vê seu número de vendas constata que algo estranho realmente aconteceu e ele está sendo injustiçado.

Ele é apenas o sexto SUV mais vendido, com 3.107 entregas em julho e 19.095 no acumulado do ano. Para efeito de comparação, o Hyundai Creta, um novato que está logo acima dele, em quinto, tem muito mais vendas ao longo do ano, com 24.390 unidades.

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Se dizem que antiguidade é posto, o Eco nunca ouviu falar. O que é uma pena, porque o carro está muito bom, de verdade. O novo motor 1.5 três cilindros da família Dragon, que gera 137 cv e 16,2 mkgf, dá ótimo fôlego para o carro e o câmbio automático, opcional, trabalha muito bem. Em um paraíso de SUVs compactos pouco potentes – o Nissan Kicks, por exemplo, tem um 1.6 de apenas 116 cv -, o EcoSport tira onda.

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Fora isso, a suspensão foi retrabalhada e ele ficou tão estável em curvas e no rodar quanto um Renegade ou HR-V, o que é ótimo. Com tantos pontos a favor, você deve estar se perguntando o motivo de ele não vender mais do que vende?


Razões para o Eco ser injustiçado

A resposta é simples. A Ford achou que fosse a Toyota e mudou o carro para melhor em coisas que o consumidor percebe, claro, mas não vê claramente e não mostra para o vizinho. Mas a Toyota tem imagem de marca para isso, a Ford não. Em um segmento cheio de novidades e tão desejado, estar com o último modelo nas mãos é essencial. Porém, o EcoSport, visualmente, é praticamente o mesmo desde agosto de 2012, quando ganhou a atual geração.

São exatos seis anos que decretaram a perda de interesse do consumidor pelo carro. O que, para quem gosta de dirigir, é uma pena. Esse Eco merecia uma sorte melhor do que o primeiro até, que fez muito sucesso por ser pioneiro, mas não era bom.

Veja mais: Clássicos que deviam ganhar uma nova geração

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