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30 anos do Governo Itamar: quais os carros mais vendidos em 1993?
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30 anos do Governo Itamar: quais os carros mais vendidos em 1993?

Em 1993, modelos mais vendidos eram bem diferentes do que são hoje; Volkswagem dominava, nomes como Monza e Tempra foram os mais comprados

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

22 de set, 2023 · 9 minutos de leitura.

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Confira quais eram os campeões de vendas a 30 anos atrás
Crédito:Montagem/Rodrigo Tavares/Jornal do Carro

Há trinta anos, o ano de 1993 foi marcante por muitas razões, e uma delas foi a renúncia e posterior cassação do presidente da república Fernando Collor de Mello. Em seu lugar assumia o vice, Itamar Franco, que assim como seu predecessor, também deixaria sua marca na história da indústria automotiva nacional.

Um de seus feitos foi trazer de volta à linha de produção o popular Volkswagen Fusca, cuja “nova geração” seria apelidada de “Fusca Itamar”. Apesar de amado País afora e disputado a tapa por colecionadores desde o relançamento, o Besouro saiu de linha em 1996, sem conseguir acompanhar os modelos mais modernos da época.



Nesta matéria, vamos olhar trinta anos para o passado, e entender quais modelos eram os mais vendidos do País, e quais eram suas armas para atrair o público.

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Os modelos mais vendidos do Brasil em 1993:

1.º) Volkswagen Gol — 180.937 unidades em 1993

vendidos
Campeão de vendas em 93 já sentia o peso da idade (ANDRE LESSA/AE)

Na época, já com treze anos nas costas, o VW Gol ainda dominava o mercado. Ainda com visual quadrado e ajudado pelo visual redesenhado recebido em 1992, o modelo já começava a sentir o peso da idade. Com versões populares como a 1000, 1.0, até a esportiva GTi, com motor dois litros, foi o mais vendido em todo o ano de 1993. No final do ano seguinte, seria substituído pela nova versão, mais moderna, apelidado de “Gol Bolinha”.

2.º) Fiat Uno — 147.012 unidades em 1993

Na versão Uno Mille, básica, até o espelho retrovisor direito era opcional (Fiat/Divulgação)

A “botinha ortopédica” da Fiat segurava o segundo lugar, ajudado pela versão Uno Mille, popular e mais barata. Com visual redesenhado em toda a linha, que ainda contava com a esportiva 1.6 R MPi, apenas a mais barata mantinha o visual antigo, intocado desde seu lançamento. A chamada “frente alta” persistiu até 1994, quando adotou a frente do restante da linha.

3.º) Ford Escort — 89.813 unidades em 1993

Ford Escort XR3 era o esportivo da linha (OSWALDO L. PALERMO/AE)

Em 1993, o Ford Escort sofreu um completo redesenho, adotando o visual europeu mais moderno, abandonando a versão lançada no Brasil em 1987. Com versões que iam da básica L, com motor 1.6 CHT, até a potente XR3, com o famigerado AP 2.0, presente da joint-venture Autolatina, o modelo era o terceiro mais vendido do País, no entanto. Contudo, a título de curiosidade, a junção das marcas VW e Ford acabaria três anos depois, deixando para trás modelos inusitados, que você verá ao longo do texto.


4.º) Chevrolet Kadett — 68.484 unidades em 1993

Versão GSI conversível era sonho de consumo na época (Chevrolet/Divulgação)

O hatch médio da GM mantinha firme o quatro lugar em 1993. Agora com versões com injeção eletrônica, além da esportiva GSI, com motor 2.0 e até opção conversível, o Kadett era símbolo de status entre os que queriam dirigir a céu aberto. Além disso, era também o único rival do Escort XR3 em sua versão conversível.

5.º) Chevrolet Monza — 66.664 unidades em 1993

Chevrolet Monza Verão 90
Foto: Oswaldo L. Palermo/Estadão

Muito antes de sedãs médios como Toyota Corolla e Honda Civic emplacarem nas ruas, havia o Chevrolet Monza. Menor que o Opala e prestes a ser substituído definitivamente pelo Vectra, mais moderno, o Monza ainda assim segurava o título de quinto mais vendido. No entanto, mesmo com uma década de produção, o modelo ainda tinha seus fãs, e deixaria a linha de produção em 1996.

6.º) Volkswagen Logus — 43.240 unidades em 1993

placa preta
Volkswagen/Divulgação

Lançado no mesmo ano, o VW Logus era a tentativa da Autolatina de recuperar o fracasso do Volkswagen Apollo, gêmeo do Ford Verona. Baseado no Escort, o modelo duas portas até tinha apelo, com versões 1.6, 1.8 e 2.0, mas não emplacou. Por fim, se despediu do mercado anos depois, já com o fim da Autolatina, na versão Wolfsburg.


7.º) Volkswagen Parati — 35.341 unidades em 1993

A perua familiar da VW mantinha a receita de sucesso de sempre: mecânica robusta e bom espaço, e era a única perua entre os top 10 mais vendidos em 1993, por exemplo. O destaque da Parati fica por conta da versão GLS 1.8S, topo de linha, que utilizava o mesmo motor usado no Gol GTS, bem como também no Voyage Sport.

8.º) Fiat Tempra — 33.346 unidades

Carroceria duas portas era exclusiva do Brasil (Fiat/Divulgação)

Primeiro modelo médio da Fiat feito em Betim, o Tempra foi revolucionário. Primeiro carro feito no Brasil com cabeçote multiválvulas (16v), o sedã competia com nomes de peso, como Chevrolet Omega e o já veterano VW Santana, por exemplo. Assim, os destaques ficam por conta da rara versão duas portas, feita exclusivamente para o mercado brasileiro, bem com as versões esportivas Turbo e Turbo Stile, com duas ou quatro portas.

9.º) Chevrolet Chevette — 32.506 unidades

Versão “popular” do modelo era fraca, e não agradou (Chevrolet/Divulgação)

No apagar das luzes e prestes a sair de linha, o Chevrolet Chevette ainda vendia bem, o suficiente para ser o nono mais comprado do País. Entretanto, agora ocupando a vaga de modelo mais barato da linha, na despojada versão L, o projeto antiquado tinha data para acabar: o modelo cederia a vaga para o Corsa, hatch compacto lançado no mesmo ano, e que se tornaria um sucesso de vendas.


10.º) Volkswagen Santana — 25.629 unidades

(Volkswagen/Divulgação)

Por fim, na lanterna da lista está o Volkswagen Santana, em décimo lugar. Renovado na linha 92, abandonou o visual quadrado em favor de formas mais aerodinâmicas, e ganhava opção de injeção eletrônica nas versões mais caras, por exemplo. Ainda assim, diferente de nomes como Monza, Tempra e até mesmo do gêmeo Ford Versailles, o Santana continuou em produção por mais de uma década, saindo de linha em 28 de junho de 2006.

Fonte: Conexão Automotiva



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.