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Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot testam combustível sintético
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Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot testam combustível sintético

Grupo Stellantis testa combustível sintético em 28 famílias de motores com o objetivo de reduzir pela metade as emissões de carbono

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

25 de abr, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Peugeot
Grupo Stellantis finaliza testes em combustível sintético em 20 famílias de motores
Crédito:Peugeot/Divulgação

A Stellantis, grupo formado por marcas como Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot. Alfa Romeo e RAM, entre outras, testa o uso de um combustível sintético. O produto é feito a partir de CO2 retirado da atmosfera e os testes estão na fase final, segundo a empresa. Nesse sentido, a validação inclui ensaios com 28 famílias de motores. Contudo, segundo a companhia, o compromisso de vender apenas veículos de passeio elétricos na Europa até o final da década está mantido. Portanto, o chamado eFuel é uma das opções do grupo para reduzir as emissões de poluentes.



eFuel da Stellantis promete descarbonizar veículos sem necessidade de troca de peças

Motores atuais de modelos como os da Peugeot estão incluídos no programa; Foto: Peugeot

Segundo a empresa, o uso do eFuel não requer nenhuma atualização nos motores atuais. Assim, mesmo os veículos antigos vão poder usar o novo combustível. Portanto, trata-se de uma opção limpa e, ao mesmo tempo, não deve gerar custos adicionais ao consumidor. Bem como não será preciso esperar pela implementação de uma nova infraestrutura de reabastecimento. Esse, aliás, é um dos entraves para a expansão da oferta de carros elétricos a bateria.

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Conforme o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, o uso de um combustível do tipo carbono neutro faz parte da estratégia de descarbonização adotada pela empresa. Além disso, maneiras alternativas são buscadas para lidar com as emissões de 1,3 bilhão de carros geradas por motores de combustão interna.

Combustível sintético está fase final de testes

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Citroën C3 é um dos carros que poderão utilizar o novo produto; Foto: Citroën

Conforme a empresa, as 28 famílias de motores que fazem parte dos testes incluem versões a gasolina e diesel, produzidas entre 2014 e 2029. Dentre os testes há, por exemplo, aferição de emissões, potência do motor e capacidade de partida. Bem como filtros, tanque e linhas de combustível, entre outros.


Como resultado, o uso do eFuel em até 28 milhões de veículos produzidos pelas marcas da Stellantis tem potencial de reduzir em até 400 milhões de toneladas as emissões de CO₂. Ou seja, considerando apenas os carros que rodam na Europa e entre 2025 e 2050. Entretanto, para o Brasil a empresa aposta na criação de veículos híbridos com motores a combustão movidos a etanol.

Além disso, a empresa informa que a produção de eFuel é uma chance de promove mudanças na matriz energética. Com isso, será possível oferece soluções baseadas na oferta de novas fontes, como cinturões de vento e luz solar. Ou seja, reduzindo a dependência da extração de combustíveis fósseis. Para isso, os investimentos vão passar de € 30 bilhões. Ou seja, ccerca de R$ 170 bilhões. Assim como em software para desenvolver produtos que atendam as novas demandas.

Os esforços fazem parte do chamado Dare Forward 2030. Ou seja, um conjunto de ações de longo prazo da Stellantis para reduzir pela metade as emissões de poluentes de seus carros até 2030. Futuramente, a meta é chegar ao carbono neutro em 2038.


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