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Geely Galaxy E8 chega para desafiar Mercedes EQS e Tesla Model S
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Geely Galaxy E8 chega para desafiar Mercedes EQS e Tesla Model S

Sedã elétrico de luxo Geely Galaxy E8 tem mais de cinco metros, supertela de 45 polegadas e versões com até 421 cv de potência

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

14 de nov, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Geely Galaxy E8
Galaxy E8 tem grade dianteira com158 pontos de LED
Crédito:Geely/Divulgação

Um dos maiores grupos automotivos da China, a Geely é dona de marcas como Geometry, Livian, Zeekr, Volvo, Lotus e tem até participação na Aston Martin. Além de sua marca própria, claro. E foi com essa bandeira que a empresa apresentou o Geely Galaxy E8 que, apesar do nome de celular, nada tem a ver com a Samsung.

O sedã elétrico utiliza a plataforma SEA (Sustainable Experience Architecture), a mesma de carros como os Volvo EX30 e a recém-lançada minivan EM90. A ideia da marca é concorrer com modelos de luxo no mercado chinês, especialmente o Tesla Model S. Mas a lista de rivais inclui ainda Mercedes-Benz EQS (vendido no Brasil por R$ 1,4 milhão) e BYD Han (disponível aqui por R$ 540 mil).



Geely Galaxy E8
Sedã elétrico tem mais de 5 metros de comprimento (Geely/Divulgação)

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Como é o Galaxy E8

Por enquanto a Geely divulgou poucas informações sobre o Galaxy E8. Sabemos que o modelo tem 5,01 metros de comprimento, 1,92 m de largura, 1,46 m de altura e 2,92 m de entre-eixos, o que o torna um sedã de grande porte. 

Como base de comparação, ele é um pouco maior que o Model S, mas a distância entre os eixos é 4 centímetros menor, o que influencia no espaço interno. Entretanto, o Galaxy E8 é mais aerodinâmico que os rivais, com um coeficiente de arrasto (Cx) de apenas 0,199.

Além disso, há algumas curiosidades sobre o modelo. Com sedãs dessa categoria vendidos normalmente em tons sóbrios, o chinês oferece uma paleta de cores diversificada. Rosa-choque, amarela e vermelha são algumas das opções disponíveis de pintura, além das tradicionais branca, prata e cinza. A grade dianteira, fechada como em todo carro elétrico, traz 158 luzes de LED para formar um visual único e pode ser personalizada com mensagens. Enquanto isso, a traseira é mais convencional, com finas lanternas também de LED.


Geely Galaxy E8
Tela gigante integra painel de instrumentos, multimídia e display para o passageiro (Geely/Divulgação)

Por dentro

O volante de dois raios tem comandos no centro e base reta. Mas o que mais impressiona é a enorme tela de 45 polegadas que domina o interior. Com resolução 8K, ela integra o painel de instrumentos, a central multimídia e até um display para ser usado pelo passageiro dianteiro em uma peça única. É o mesmo conceito da Hyperscreen, da Mercedes, mas no caso da marca alemã a tela é curva e a superfície é ainda maior, com 55”.

Há ainda um processador  Qualcomm Snapdragon 8295, usado em celulares, e tecnologia antirreflexo, proteção contra poeira e impressões digitais e à prova d’água para a telona. Teto solar panorâmico e luzes ambiente com 256 opções de cores completam o pacote.


Versões e motorizações

São três versões disponíveis na linha do Galaxy E8. A de entrada será equipada com apenas um motor elétrico de 272 cv abastecido por bateria de 62 kWh. A tração é traseira e o modelo pode rodar até 550 km com uma carga. Uma opção de autonomia estendida traz bateria maior, de 76 kWh, e alcance de 665 km. 

Por fim a configuração de topo tem dois motores, tração integral e 421 cv de potência. A bateria e a autonomia são as mesmas do modelo intermediário. As vendas na China devem começar neste mês, mas a produção será iniciada somente no primeiro semestre de 2024.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.