Você está lendo...
Tesla nega insegurança em fábrica com relatos de queimaduras e amputação 
Mercado

Tesla nega insegurança em fábrica com relatos de queimaduras e amputação 

Denúncias feitas por sindicato alemão afirmam que funcionários se queixam de alta pressão no trabalho, além de acidentes graves em fábrica

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

15 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

tesla
Para produzir baterias, Tesla vai aumentar capacidade de sua fábrica em Nevada, EUA
Crédito:Divulgação/Tesla

Na última terça-feira (10), a Tesla, fabricante de modelos elétricos como Model S, X e Model 3, rejeitou as alegações feitas por um sindicato alemão e pela mídia, de que as condições de saúde e segurança em sua gigafábrica, próxima a Berlim, eram inadequadas. A empresa acabou investigada na última quinzena após denúncias de um alto número de acidentes no trabalho, por exemplo.

Documentos de autoridades locais em Brandemburgo, revelados pela mídia alemã, relatam que um número surpreendentemente alto de acidentes de trabalho tem ocorrido. Assim, os funcionários acabaram obrigados a tirar três dias de licença médica da fábrica, que emprega cerca de 11 mil trabalhadores.



Segundo o relatório, os danos causados aos trabalhadores tem gravidade, e vão desde queimaduras por ácido clorídrico, até amputação de membros. O sindicato alemão IG Metall disse que o número de membros de trabalhadores da Tesla estava aumentando de maneira acentuada, junto das preocupações com segurança, saúde e excesso de trabalho. 

Publicidade


Segundo a Reuters, não pode-se verificar de maneira independente as alegações do sindicato ou da mídia. Por meio de nota, a Tesla afirmou que seus funcionários recebem formação sobre as medidas de segurança necessárias, bem como vestuário de proteção. A fábrica acabou sujeita a verificações regulares por parte das autoridades locais para aferir se as medidas de segurança eram respeitadas, acrescentou.

Acidentes em fábrica da Tesla aconteceram entre 2021 e 2022

Tesla Model Y
Tesla/Divulgação

Entretanto, a empresa não atendeu aos pedidos do sindicato ou da mídia, sobre os acidentes e as licenças de seus trabalhadores. A Reuters conversou com 12 trabalhadores, e 4 se diziam satisfeitos. Ainda assim, oito deles relataram que a pressão pela velocidade na produção era alta, que levou a alguns a reportar os acidentes, bem como problemas para receber horas extras.


Contudo, a autoridade de Brandemburgo em segurança e saúde ocupacional afirmou à Reuters que só possuía registros de acidentes graves de trabalho, que resultaram em mais de seis meses de tratamento hospitalar, ou mesmo danos físicos permanentes. Os acidentes registrados ocorreram entre 2021 e 2022, na fábrica da Tesla.

Por fim, representantes da autoridade alemã realizaram inspeções de segurança semanais na fábrica, durante sua fase de construção. Agora, faz visitas quinzenais, bem como também verificações sem aviso, que ocorrem a cada 6 a 8 semanas, por exemplo.

Fonte: Autoblog/Reuters


O Jornal do Carro também está no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
GWM Ora 03: hatch elétrico chinês é uma boa compra? Conheça

Deixe sua opinião