Você está lendo...
VW se une à Xpeng para criar carros elétricos com preços de BYD e GWM
Notícias

VW se une à Xpeng para criar carros elétricos com preços de BYD e GWM

Acordo entre Volkswagen e Xpeng dará origem a dois carros elétricos, sendo um deles SUV; alemã perdeu espaço para a BYD no mercado chinês

Adrielle Farias, especial para o Jornal do Carro

24 de abr, 2024 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Teaser SUV elétrico Volkswagen
Primeiro modelo da parceria entre Volkswagen e XPeng será um SUV elétrico
Crédito:Volkswagen/Divulgação

A Volkswagen segue na busca pela reconquista do mercado automotivo chinês. Com os investimentos do próprio governo da China na BYD, a montadora alemã perdeu o posto de marca mais vendida no país em 2022. Além disso, o favoritismo da população por veículos elétricos (e chineses) também fez com que a VW deixasse a liderança das vendas de modelos a combustão. Mas uma parceria renderá à alemã dois modelos médios elétricos locais, um deles um SUV.



Desta forma, a marca alemã anunciou planos para criar um novo SUV em parceria com a chinesa XPeng. Com o desenvolvimento de novos veículos, o acordo também renderá uma nova plataforma para produção de carros elétricos. Assim, os custos devem ter redução em até 40% em comparação aos veículos feitos sob a plataforma MEB.

XPeng G9
XPeng/Divulgação

Publicidade


A nova plataforma da marca alemã deve estrear em meados de 2026. O anúncio é mais um passo no acordo que surgiu em 2023, quando a VW anunciou a intenção de compra de 4,99% da XPeng por cerca de US$ 700 milhões (R$ 3,46 bilhões na conversão direta). A conclusão da negociação ocorreu em dezembro de 2023.

Parceria entre VW e XPeng traz nova plataforma

xpeng
XPeng / Divulgação

Apesar da nova Arquitetura Elétrica da China (CEA) ser fruto do acordo entre VW e Xpeng, esta também conta com investimentos da China Techonology Company (VCTC) e da CARIAD China. A ideia é que com a CEA seja possível realizar atualizações dos veículos pela nuvem. Além disso, tecnologias como direção autônoma, por exemplo, poderão ser adicionadas aos novos modelos. Já a redução nos custos da fabricação pode fazer com que a VW consiga competir em termos de preços contra BYD e GWM, bem como outras marcas chinesas que surgem, como Zeekr e Omoda Jaecoo.


Volkswagen lança versão sedã do Passat na China

Passat
MIIT/Divulgação

Tal como o Jornal do Carro antecipou, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China revelou imagens nesta última semana do Volkswagen Passat em versão sedã. A chegada do novo modelo no mercado chinês é parte da estratégia da VW de retormar seu bom desempenho de vendas. O modelo carrega o sobrenome “Pro” e é feito exclusivamente para o mercado do país asiático. Assim, o objetivo é suceder o antigo Passat até o fim deste ano. No entanto, não há planos para que o sedã chegue ao Brasil.

Siga o Jornal do Carro no Instagram!


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
VW ID.Buzz: ao volante da Kombi elétrica há nostalgia, mas tudo mudou
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”