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Renault Kwid blindado está à venda por R$ 83 mil
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Renault Kwid blindado está à venda por R$ 83 mil

Unidade blindada é da versão Intense e apesar da baixa procura, é requisitado pela descrição por alguns clientes

José Antonio Leme

04 de ago, 2020 · 5 minutos de leitura.

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renault kwid
RENAULT KWID BLINDADO TEM DEMANDA ESPECÍFICA
Crédito:RB BLINDAGEM

O anúncio de um Renault Kwid 2018 por R$ 83 mil não é algo que se vê todo dia. Mas a surpresa tem uma explicação: ele é blindado. No entanto, isso gera outros questionamentos. Quem blinda um Renault Kwid? E por que? Fomos atrás dessas respostas.

No anúncio está escrito que o Kwid recebeu o nível máximo de blindagem disponível para veículos de passeio no Brasil, a III-A. Essa blindagem resiste a disparos de armas com calibre 9 mm em submetralhadoras e Magnum .44, por exemplo. O anúncio também afirma que a blindagem acrescentou 140 kg ao peso Kwid. Associado aos 786 kg em ordem de marcha, o Kwid pesa agora 926 kg.



O anúncio é da blindadora RB, localizada na Zona Sul de São Paulo. A empresa trabalha com blindagem para todo tipo de veículo. A maioria dos projetos, segundo a empresa, é de SUV compactos para cima. Mas ela recebe também encomendas de carros como VW Polo e Toyota Yaris, além de picapes compactas, como a VW Saveiro. No caso da picape, a vantagem é que a blindagem sai mais em conta. Isso porque é preciso blindar só a cabine, não a caçamba, reduzindo a área. Porém, todos esses projetos têm total acima de R$ 100 mil.

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Mas está surgindo uma demanda por carros compactos, como Hyundai HB20 e o próprio Renault Kwid, que têm públicos diferentes. No caso do primeiro, ele é adquirido por pais, para ser o primeiro carro de um filho ou filha, sem chamar a atenção, mas com proteção da blindagem.

No caso do Kwid, ele é comprado para o trabalho. Empresas que precisam transportar valores, como lotéricas, e farmácias, mesclam a discrição com a segurança da blindagem. Se o desempenho não é o forte, ao menos tem a segurança entre a empresa e a agência bancária.


A cada dez carros montados pela RB Blindagem, um é um compacto. Ainda assim, a empresa sempre tem um a pronta entrega. A ideia é não perder o cliente que quer um carro na hora por causa de 20 dias até montar um exemplar.

Tipos de blindagens

Além da III-A que foi aplicada ao Kwid e é a mais utilizada no mercado pela resistência, há outras especificações. A nível I, resiste a disparos de calibre .38 ou .22. No caso da nível II-A, a blindagem suporta disparos de .357 Magnum e 9 mm. A nível II, os mesmo projeteis, mas a uma velocidade maior, ou seja, menor distância de disparo. Acima está a III-A, que já citamos, e é o máximo permitido para uso civil.

Há também a blindagem nível III, mas seu uso é restrito e, assim como as demais, requer autorização do Exército. Ela resiste a disparos de fuzil, com calibre 7.62 ou 5.56, os mais utilizados atualmente nesse tipo de arma. Resistente até a disparos de metralhadoras M60, com munição calibre .30, a nível IV é de uso exclusivo das Forças Armadas e chefes de Estado no País.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.