Primeira Classe

HR-V 2019: razões para não comprar e comprar

Confira o que o HR-V 2019 tem de melhor e de pior

Rafaela Borges

23 de jan, 2019 · 7 minutos de leitura.

Honda HR-V 2019 teste de um mês" >
Honda HR-V 2019
Crédito: Foto: Gabriela Biló/Estadão

O HR-V 2019 recebeu mudanças, com estilo levemente atualizado e algumas atualizações na mecânica. Mas e agora? Será que vale mais a pena do que antes (até a linha 2018) comprar o modelo da Honda? E quais são as razões para não comprá-los.

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Passei quase um mês com o HR-V 2019, entre o fim do ano passado e o início deste. Guiei o carro na cidade e em diversas condições de estrada. Viajei como passageira no banco dianteiro e no traseiro.

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Foi uma verdadeira imersão no modelo. Com exceção de quesitos como trâmites para compra, manutenção e revenda, foi como ser proprietária de um HR-V por um mês.

Após essa longa avaliação, preparei uma lista do que considero ser os melhores e os piores aspectos do HR-V 2019. Há também um vídeo, que você pode ver acima.


O HR-V 2019 foi lançado no Brasil no último trimestre do ano passado.

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Por que comprar o HR-V 2019

A suspensão do HR-V era dura para um SUV feito para ser essencialmente confortável, sem nenhuma pretensão esportiva.


Eram comuns os baques secos em pisos irregulares. Com o HR-V 2019, isso mudou. A suspensão foi recalibrada e o carro ficou com rodar mais confortável.

Além disso, o câmbio CVT agora prioriza as médias e altas rotações. Isso deixou o carro melhor em ultrapassagens, por exemplo, embora tenha prejudicado o desempenho em situações como subidas (leia mais abaixo).

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O motor 1.8, aliás, faz do HR-V um dos carros mais espertos do segmento. Andam mais que ele, por enquanto, o Chevrolet Tracker (1.4 turbo de 150 cv), o Peugeot 2008 e o Citroën C4 Cactus (ambos com o 1.6 turbo de até 173 cv).

Nenhum deles, porém, oferece tanto espaço e versatilidade quanto o HR-V 2019. Essa é a principal razão pela qual eu compraria Honda. Atrás, ele tem assoalho praticamente plano, facilitando a acomodação de três pessoas. O porta-malas de quase 450 litros, por sua vez, é um dos maiores do segmento.

Também considero importante em relação ao HR-V é o fato de sua versão topo de linha ter voltado a ser a ELX (R$ 108.500), que recebeu itens que antes só estavam na Touring (por ora esta deixou de ser oferecida, mas volta no fim do ano com motor 1.5 turbo, exclusivo na linha). Entre eles há os LEDs de uso diurno.


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Por que não comprar o HR-V 2019

No HR-V 2019, deixou de ser oferecida a versão LX com câmbio manual, que até o modelo 2018 era de entrada. Agora, só há opções com o câmbio automático CVT, a preços a partir de R$ 92.500. Isso o coloca em desvantagem ante alguns rivais, que têm opções na casa dos R$ 80 mil (Jeep Renegade é um deles) – e até dos R$ 70 mil (Hyundai Creta, por exemplo).

Se por um lado o HR-V 2019 ficou melhor em ultrapassagens, por outro ficou muito ruim em subidas. Ele parece ter perdido força para começar a acelerar a partir de rotações baixas.

OUTROS DESTAQUES


Outro ponto que eu já considerava fraco, e que não melhorou, é o acabamento. Os plásticos usados nos revestimentos internos são muito duros, e não há elementos que tragam modernidade à cabine.

A principal razão para eu não comprar a HR-V é a ergonomia. Tenho dificuldade para encontrar a posição ideal de dirigir e não há ajustes elétricos para o banco do motorista. Também considero o botão de acionamento do computador de bordo, na verdade uma haste sobre o painel, mal posicionado.

Outro ponto que considero ruim é a localização das entradas USB, que ficam sob o console central (entenda no vídeo acima). O motorista precisa fazer contorcionismo para acessá-las.


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