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Mercedes-Benz vai usar baterias da BYD em seus novos carros elétricos
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Mercedes-Benz vai usar baterias da BYD em seus novos carros elétricos

Mercedes-Benz deve utilizar baterias Blade da BYD a partir de 2025; novo sedã CLA será o primeiro modelo com o novo conjunto

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

12 de set, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz
Mercedes-Benz CLA Concept tem 700 km de autonomia
Crédito:Divulgação/Mercedes-Benz

Assim como fez a Toyota e a Tesla, a Mercedes-Benz acaba de anunciar que vai utilizar as baterias “Blade” da BYD. O comunicado veio durante o Salão do Automóvel de Munique 2023, que aconteceu entre os dias 5 e 10 de setembro. No evento, a marca de luxo também apresentou seu mais novo conceito elétrico, o CLA Concept. Este antecipa o design da próxima geração do sedã CLA, que deve ser o primeiro a receber o novo pacote de baterias.

De acordo com o site chinês CBEA, a marca de luxo deve começar a produzir os carros com as baterias Blade a partir de 2025. No entanto, até o momento, não há previsão de lançamentos. Além disso, a montadora também não esclareceu se o uso das baterias da BYD será exclusivo para o mercado chinês, ou se os modelos equipados com o conjunto chegarão a outras regiões.



mercedes-benz
Divulgação/Mercedes-Benz

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Conceito CLA tem 700 km de autonomia

Seja como for, as expectativas em relação ao novo conceito são altas. De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Mercedes-Benz, Ola Kaellenius, o modelo terá uma autonomia de até 700 km. Além disso, graças às baterias Blade, terá uma plataforma de carregamento ultrarrápida de 800V. Dessa forma, espera-se que o sedã seja mais econômico e competitivo para enfrentar modelos da Tesla, por exemplo.

Cabe lembrar que as baterias Blade levam lítio-ferro-fosfato (LFP). Ou seja, LFP saem mais baratas que as células baseadas em níquel e cobalto – dominantes nos modelos vendidos no ocidente. O conjunto, por fim, possui formato CTP (Cell to Pack). Assim, fica livre de módulos e é formado por uma matriz de células estreitas inseridas em uma estrutura que viabiliza a otimização do espaço.

Interior do CLA Concept – Divulgação/Mercedes-Benz

BYD já se uniu à Mercedes

Esta, inclusive, não é a primeira vez que a Mercedes-Benz e a BYD se unem. Em 2010, a Daimler (empresa dona da Mercedes) se uniu à marca chinesa para abrir uma joint venture chamada Denza. Esta tinha como objetivo a produção de modelos exclusivos para o mercado chinês. Entretanto, a parceria chegou ao fim em meados de 2021, quando a BYD assumiu a marca sozinha.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”